No passado, Epecuén foi uma cidade resort em expansão: uma grande cidade perto de um belo lago, atraindo turistas de todas as partes da Argentina nos anos 1920 com suas águas revitalizantes. Havia hotéis, casas noturnas e restaurantes. Hoje em dia, o lugar tornou-se um emaranhado de ruínas brancas descoradas, gradeadas em aço oxidado e linhas de energia caídas. Como tantas outras cidades de baixa altitude, Epecuén foi vítima de engenharia ruim. Em 6 de novembro de 1985, um fenômeno climático incomum conhecido como seicha, ou onda estacionária, atingiu o lago – logo depois, a barragem de proteção da cidade quebrou, e as marés começaram a subir. Os moradores tiveram tempo o suficiente para escapar, mas a cidade em si mergulhou num sonho longo e molhado. Resorts, casas, parques infantis e escolas foram todos perdidos. Após um quarto de século, a água recuou. Restos fantasmagóricos foram deixados intactos, como mostram as fotos capturadas por Romain Veillon, que nos enviou as imagens hoje. Essas ruínas não são exatamente um lugar, mas elas representam uma memória para aqueles que um dia moraram lá. Muitos voltaram para visitar suas antigas casas, e, no caso de um senhor de 81 anos, voltaram a viver por lá. Mas Epecuén nunca foi reconstruída – em vez disso, ela acaba sendo um local curioso, e recebe pessoas para filmar vídeos de bicicleta e outros projetos. Veillon descreve sua experiência em Epecuén como um alerta angustiante do poder da natureza:
Como o mito de Atlantis, Epecuén foi inundada pelas águas como se os deuses estivessem querendo enviar uma mensagem para a humanidade: não somos nada quando os elementos são liberados. As ruínas que reapareceram recentemente agem como uma ameaça do que pode acontecer novamente se o ser humano pensar que pode mexer na natureza da forma que quiser. É o bastante perder algumas horas pelas ruas lamacentas de Epecuén para entender quão difícil seria perder tudo de uma hora para outra e
ser capaz de começar tudo
novamente.Após um quarto de século, a água recuou. Restos fantasmagóricos foram deixados intactos, como mostram as fotos capturadas por Romain Veillon, que nos enviou as imagens hoje. Essas ruínas não são exatamente um lugar, mas elas representam uma memória para aqueles que um dia moraram lá. Muitos voltaram para visitar suas antigas casas, e, no caso de um senhor de 81 anos, voltaram a viver por lá. Mas Epecuén nunca foi reconstruída – em vez disso, ela acaba sendo um local curioso, e recebe pessoas para filmar vídeos de bicicleta e outros projetos.
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