sábado, novembro 08, 2014

CRIME: estupro em Mairiporã SP

Caseiro José Edilson de Oliveira foi preso por suspeita de estuprar adolescente (Foto: Reprodução / TV Globo)
Caseiro foi preso por suspeita de estuprar e agredir
garota em Mairiporã (Foto: Reprodução/TV Globo)


Jovem é jogada de barragem de dez metros de altura após ser violentada e agredida
local onde a menina foi jogada pelo estuprador


A menina só foi encontrada na manhã de quinta-feira (6), quando contou a um vigia que sobreviveu a uma queda de cinco metros de altura da barragem Sete Quedas.
A adolescente disse que suas mãos foram amarradas com corda e que depois foi levada para uma das chácaras onde o agressor trabalhava como caseiro. Lá, a despiu, agrediu e estuprou. Depois a colocou novamente no carro, onde a violentou mais duas vezes. Em seguida, a adolescente continuou amarrada e foi arremessada na água com um saco na cabeça.
A garota contou ainda que, mesmo com a queda, conseguiu soltar as mãos presas com corda e nadou até a margem, onde ficou escondida. Segundo a menina, o caseiro voltou mais cinco vezes ao local para se certificar que ela teria se afogado. Na manhã seguinte, a vítima  caminhou em uma mata até encontrar uma guarita de vigilância onde pediu ajuda ao vigia, que telefonou para os pais da adolescente.
Com as informações que a menina deu a polícia, como as letras da placa do carro, o modelo e cor do veículo, policias militares encontraram o suspeito, o caseiro José Edilson de Oliveira, de 45 anos, que foi preso em flagrante. O homem estava em casa, onde mora com a mulher e os dois filhos. Ele teria confessado o crime. No veículo foi encontrada uma corda e o telefone celular da vítima, segundo policiais.
Acompanhada dos pais na Delegacia de Mairiporã, a adolescente reconheceu o caseiro como o homem que a obrigou a entrar em seu carro e a violentou.
O caseiro também está sendo investigado por estupros que teriam sido cometidos na capital, em Atibaia e Bragança Paulista, cidades do interior do estado. A informação é da Polícia Civil. De acordo com a delegada assistente Luciana Raffaelli Santini, após a prisão e divulgação da imagem de José de Oliveira na imprensa, três mulheres telefonaram para a delegacia dizendo que foram estupradas por ele. As possíveis vítimas foram convidadas a ir a Mairiporã fazer o reconhecimento do suspeito.
“Uma vítima é do bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo. Outra de Atibaia ligou falando que além de estupra-la, ele [Oliveira] atirou duas vezes no seu rosto. A terceira mulher atacada é de Bragança Paulista”, afirmou a delegada Luciana, nesta sexta-feira (7) ao G1. "Todas viram o agressor na TV e decidiram ligar para cá".
Segundo a policial, mais mulheres que podem ter sido abusadas pelo caseiro. Ela pede que as denúncias sejam feitas pelo telefone (11) 4604-2230. “As vítimas podem vir aqui que serão tratadas com dignidade. Além de mim, a delegacia tem outras mulheres trabalhando aqui, por exemplo, a própria delegada titular [Claudia Patrícia Dalvia]”, falou Luciana.
 José de Oliveira foi indiciado por estupro de vulnerável, tentativa de assassinato e dano ao patrimônio público. De acordo com a delegada, policiais militares disseram que o caseiro confessou os crimes cometidos contra a adolescente. Apesar disso, a confissão dele não aparece no boletim de ocorrência.
“Ele preferiu se reservar ao direito de só falar à Justiça”, disse a delegada de Mairiporã. O G1 não foi autorizado pela polícia para falar com Oliveira. Apesar de o caseiro ter advogado constituído, a equipe de reportagem não conseguiu localizá-lo para comentar o caso. O nome do defensor também não foi informado.
Até a publicação da reportagem, Oliveira permanecia detido na delegacia de Mairiporã. A polícia aguarda uma vaga no sistema prisional para transferi-lo. “Espero que ele [Oliveira] fique preso o resto da vida pelo mal que ele fez a minha filha”, disse na manhã desta sexta-feira (7) a mãe da adolescente, que não foi autorizada pelos pais a falar com o G1.
“Estou arrasado, arrasado mesmo. Ontem [quarta-feira] eu não jantei, hoje [quinta-feira] não almocei. Chorei tanto que eu nem sei contar pra você. Eu quero Justiça porque um homem desse no mundo é pra viver na prisão”, disse o pai da vítima, na quinta-feira.

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