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Avião deveria ter sobrevoado Biritiba Mirim nesta segunda-feira (18).
Nuvens sem condições para receber estímulo de chuva impediram
Não pode ser realizado nesta segunda-feira (18) em Biritiba Mirim o voo
para fazer chover sobre as represas do Alto Tietê. O procedimento foi
cancelado por falta de nuvens. Conhecida como "semeadura de nuvens", a
técnica já foi usada na área dos reservatórios do sistema Cantareira e
ajudou na indução de mais de 11,5 bilhões de litros d'água.
O serviço foi contratado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp) para fazer chover sobre as represas do Alto Tietê.A água potável serve de combustível para as nuvens. Os 300 litros que vão em um reservatório no meio da aeronave devem ajudar a chover mais rapidamente e com mais intensidade na região.
Nesta segunda-feira não teve voo porque as nuvens estavam pequenas demais. Vários fatores são fundamentais para que o processo apresente bons resultados. “Hoje a gente tem informação de que tem nuvem sem água acumulada. São nuvens que não têm volume de água, não estão propícias para a formação”, conta o pesquisador Ricardo Imai
Nas asas da aeronave existem existem quatro jatos que fazem a aspersão da água sobre as nuvens. No ar, o avião passa por entre as nuvens e joga as gotículas. O processo acelera o que a natureza poderia levar mais tempo para fazer.
Assim que o trabalho é feito, começa a chover com a aeronave ainda no meio das nuvens. A empresa já firmou contratos nos estados do Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Em Biritiba Mirim, a empresa está montando um escritório. A intenção é fazer voos diários sobre os reservatórios, que estão com menos de 18% da capacidade. Um extenso trabalho de monitoramento meteorológico é feito no chão, por meio de radares. Imagens mostram a formação de nuvens sobre o Cantareira e o Alto Tietê e uma das preocupações é com a direção delas.
“Fazer previsão de quanto que eu vou conseguir melhorar a gente não tem como responder. Tem que São Pedro ajudar a mandar matéria-prima”, brinca Imai.
O contrato
Segundo o Diário Oficial, o contrato é de cerca de R$ 3,68 milhões e tem como objetivo a prestação de serviços de "monitoramento climático, indução de chuvas, registro e medição de chuvas localizadas induzidas sobre a Bacia Hidrográfica do Sistema Alto Tietê".
De acordo com a Sabesp, esse não é o primeiro contrato firmado com esta empresa. Um trabalho anterior, realizado no Sistema Cantareira, provocou segundo a concessionária uma chuva de aproximadamente 11,5 bilhões de litros desde o início do contrato. Em nota enviada ao G1, a Sabesp afirmou que o resultado justificaria uma nova implantação do método também no Alto Tietê. "Esse resultado já justifica a contratação do serviço para a bacia do Sistema Cantareira e também a opção por ampliar o trabalho para a região do Sistema Alto Tietê".
FONTES:(G1 MOGI-SUZANO)
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