ALTO TIETÊ:..Guardas municipais de Poá vão receber treinamento para usar armas.

Há um ano e meio, parte dos servidores já anda armada.
Medida passa a valer para outros 70 profissionais.

A partir de setembro, 70 guardas municipais de Poá vão começar a receber treinamento para que possam trabalhar armados. Contudo, para conseguir o porte ainda é preciso passar por testes.
Há um ano em meio, 30 servidores do município já são autorizados a usar armas de fogo no horário de serviço. Outras cidades da região também querem o direito de armar efetivo.
Em julho, a Associação dos Guardas Municipais de Mogi das Cruzes se reuniu com representantes da Prefeitura para pedir uma medida que autorize o porte de armas para os servidores. Um documento pedindo que situação seja analisada deve ser encaminhado ainda este mês para a Câmara.
Com uma população de cerca de 106 mil pessoas, Poá já conta com 30 Guardas Municipais armados. Em um ano e meio com o recurso, os guardas da cidade nunca precisaram fazer uso dele. Até setembro a previsão é que o restante do efetivo, composto atualmente por 100 homens, também receba esse direito depois de passar por um treinamento. Porém, o chefe da corporação, Wilson Roberto Pereira, explica que para receber o armamento é preciso ser aprovado em um teste. "Primeiro os servidores terão aulas teóricas e depois uma prova prática de tiros".
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Benedito Pereira, ainda existem algumas restrições para os guardas municipais. "As regras são as do Estatuto do Desarmamento. Uma delas é só usar a arma em horário de serviço".
Salesópolis
Já os moradores de Salesópolis pedem a criação de uma guarda própria apesar da cidade ser tranquila. Com pouco mais de 15 mil habitantes, de acordo com o último Censo do IBGE, a segurança no município não é suficiente, segundo os moradores, apenas com a Polícia Militar.
Para a assistente administrativa, Alessanda dos Prazeres, a criação de uma Guarda Municipal seria importante. "Antes aconteciam coisas aqui que nenhum morador podia imaginar que algum dia fosse acontecer. Hoje em dia está uma violência extrema aqui. Aqui era pacata e boa de se viver".
Em Salesópolis, apenas o pátio da Secretaria de Obras e o Centro Esportivo possuem vigilância. O secretário de Obras, Renato de Miranda de Melo, explica que, por enquanto, a cidade não tem verba para investir em guardas. "Infelizmente a nossa arrecadação não permite isso. Contamos com o apoio da Polícia Militar".
Biritiba Mirim
O município de Biritiba Mirim conta com 10 guardas patrimoniais, que fazem ronda pela cidade nos locais públicos. Ninguém anda armado. Segundo o Estatuto do Desarmamento, para uma guarda ter porte de armas, a cidade precisa ter mais de 50 mil habitantes. Porém, Biritiba Mirim tem apenas 29 mil. "Fazem a ronda pela cidade como um todo, nas creches, nos postos de saúde e praças. Depois da abordagem precisamos esperar a presença da PM", diz Paulo Sérgio de Assis, diretor dos guardas.
Mogi das Cruzes
Para diminuir os casos de violência contra os profissionais, que cuidam da segurança de prédios e orgãos públicos de Mogi das Cruzes, a associação da categoria quer que a cidade também ganhe o direito de andar armada. Uma reunião, em julho deste ano, foi feita com representantes da Prefeitura para pedir a autorização. Enquanto uma resposta não é dada, alguns membros da entidade entraram na Justica com um salvo-conduto para conseguirem o porte de arma. A medida, dada por um juiz, permite que uma pessoa possa circular armada. Porém, a diferença é que quem se responsabiliza por qualquer problema é a pessoa. Já com o porte de arma dado pela administração, essa responsabilidade se divide com a Prefeitura.