quinta-feira, abril 10, 2014

ESTADOS UNIDOS:Suspeito de esfaquear em escola dos EUA será julgado como adulto.

Alex Hribal, o suspeito de esfaqueamento na Franklin Regional High School é levado da delegacia depois de ser acusado nesta quarta-feira (9) (Foto: AP Photo/Keith Srakocic)
Alex Hribal, o suspeito de esfaqueamento na Franklin Regional High School é levado da delegacia depois de ser acusado nesta quarta-feira (9) (Foto: AP Photo/Keith Srakocic)
Suspeito de esfaquear estudantes da Franklin Regional High School, no estado da Pensilvânia, na manhã desta quarta-feira (9), Alex Hribal, de 16 anos, recebeu 4 acusações de tentativa de homicídio e 21 de agressão. Hribal foi preso sem direito a fiança e, segundo as autoridades, deverá responder como adulto pelos crimes de que é acusado.
Hribal é suspeito de ferir colegas e um vigia com "múltiplas facadas" em um ataque à escola da cidade de Murrysville. Na tarde desta quarta, autoridades divulgaram mais duas pessoas feridas. No total, 21 estudantes e um adulto foram machucados. Pelo menos cinco estudantes ficaram gravemente feridos, incluindo um menino que teve o fígado perfurado por facada a poucos milímetros de seu coração, segundo os médicos.
Segundo o chefe da polícia Tom Seefeld, o suspeito usou duas facas, com tamanhos que variam entre 20 cm e 25 cm. "Não concluímos ainda o motivo (do crime). As investigações devem continuar pelos próximos dias", disse em coletiva de imprensa. A polícia investiga um "telefonema ameaçador" da noite anterior entre o suspeito e outro estudante. Seefeld não disse se o suspeito fez ou recebeu a ligação.

O FBI também participa das investigações e foi à casa do menino, porque planejava confiscar seu computador, segundo autoridades.De acordo com a polícia, o incidente foi muito rápido, durou cerca de 5 minutos. “Foi realmente rápido. Pareceu que ele me bateu com um pano molhado, porque eu senti o respingo de sangue no meu rosto. Estava saindo da minha testa”, contou Nate Moore, de 15 anos, que disse que viu o suspeito esfaquear outro garoto e tentou impedi-lo quando levou uma facada no rosto.
Ambulância chega para atendimento de feridos em ataque em escola nos EUA (Foto: Keith Srakocic/AP)
Ambulância chega para atendimento de feridos em ataque em escola nos EUA (Foto: Keith Srakocic/AP)

Mia Meixner, outra aluna da escola que presenciou o crime, descreveu o momento à rede de TV norte-americana CNN: “Ele estava muito quieto. Ele apenas estava fazendo aquilo e tinha um olhar em seu rosto de como se estivesse louco. Ele estava correndo e esfaqueando quem estivesse na sua frente”, contou.
Entre os estudantes feridos estão adolescentes com idades entre 14 a 17 anos.Quatro foram socorridos de helicóptero.
De acordo com a polícia, o suspeito foi controlado por um dos diretores da escola e por um integrante da equipe de segurança, que conseguiu algemá-lo. O rapaz – que sofreu ferimentos nas mãos e recebeu tratamento – foi encaminhado ao Departamento de Polícia de Murrysville após o incidente. Ainda não se sabe se as vítimas foram escolhidas pelo autor do crime ou atingidas a esmo. A polícia foi acionada às 7h13 locais (8h13 de Brasília), cerca de 15 minutos após as portas da escola terem sido abertas, segundo a emissora NBC.

O Hospital Forbes informou ter recebido oito vítimas com ferimentos graves – sete delas, adolescentes. Três pacientes foram encaminhados para cirurgia e os outros cinco passaram por avaliação. Segundo a emissora WPXI, as vítimas sofreram cortes no tronco (principalmente no peito e abdômen), mãos e braços.
O porta-voz do serviço de emergência do condado de Westmoreland, Dan Stevens, informou que nem todos os feridos foram esfaqueados – alguns sofreram arranhões e cortes ao tentar fugir.
Ainda de acordo com ele, um dos estudantes foi responsável por acionar o alarme de incêndio da escola, o que alertou todos e fez com que muitos deixassem o prédio em meio ao ocorrido.
"O acionamento do alarme provavelmente auxiliou na retirada das pessoas da escola", disse o chefe da polícia local.
Estudantes disseram que o adolescente suspeito de ter cometido os ataques não era agressivo e não demonstrava ter nenhum problema. Eles também afirmaram que o jovem não era publicamente vítima de bullying.



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