Detidos têm patrimônio de ao menos R$ 20 milhões, segundo o Ministério Público. Na foto, pousada em Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro. |
Nesse esquema, de acordo com as investigações, a Prefeitura recebia apenas um valor simbólico referente ao imposto devido. Segundo o promotor público, Roberto Bodini, que deu entrevista coletiva nesta tarde sobre o caso, uma das transferências monitoradas aponta que o imposto devido por uma incorporadora ao fim de uma obra era de pouco mais de R$ 1 milhão. Essa empresa depositou cerca de R$ 600 mil na conta da empresa dos fiscais e terminou pagando apenas R$ 17 mil aos cofres públicos. "No dia seguinte ao depósito na conta da empresa, a incorporadora recebeu a guia de quitação do ISS", disse o promotor.
Todas as grandes incorporadoras que atuam na capital podem ter tido relações com a quadrilha presa nesta quarta, segundo o Ministério Público. A investigação será focada agora em determinar se as construtoras eram vítimas de achaque dos fiscais, que não liberariam a quitação sem propina, ou se eram cúmplices do esquema. "Chamamos na investigação diversas empresas para averiguar o esquema e elas nos disseram que desconheciam qualquer irregularidade. Quem é vítima se comporta como vítima", disse o promotor.
As incorporadoras devem ser chamadas novamente.
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