segunda-feira, março 11, 2013

FRAUDE NA SAÚDE:Coordenador recebia de médicos por folga no plantão, diz prefeitura.



Dedos de silicone seriam usados por médicos e enfermeiro para fraudar ponto eletrônico. (Foto: Gladys Peixoto/G1)
Dedos de silicone seriam usados por funcionários
para fraudar ponto eletrônico.

Jorge Cury nega e disse no domingo que acusação "é um absurdo".
Filha de coordenador tem envolvimento em fraude, diz prefeitura.

O secretário municipal de Segurança de Ferraz de Vasconcelos, Carlos César Alves, disse que os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tinham que repassar o valor ganho pelos plantões não trabalhados ao coordenador da unidade, Jorge Cury. A administração municipal anunciou em coletiva na tarde desta segunda-feira (11) que criou uma Comissão de Processo Disciplinar para apurar as irregularidades no Samu.

Na manhã de domingo (10), uma médica foi flagrada usando dedos de silicone para marcar o ponto de colegas. Ela chegou a ser detida por falsificação de documento público, mas conseguiu um habeas corpus e foi liberada no fim da tarde.
 De acordo com o secretário municipal, os médicos repassavam tudo o que ganhavam nos plantões não trabalhados para o coordenador Jorge Cury. A vantagem dos profissionais seria a flexibilização da agenda para poder trabalhar em outros locais. “Cada médico que participava do esquema pagava R$ 1,2 mil por turno de 24 horas aos fins de semana para o Jorge Cury”. Alves ainda afirmou que o pagamento era feito por transferência bancária.

O G1 não conseguiu falar com Jorge Cury nesta segunda-feira, mas no domingo (10) ele negou envolvimento nas irregularidades. “Isso é um absurdo! Sou funcionário da prefeitura há 25 anos. Eu nunca soube disso. Passo no Samu todo domingo e nunca faltava funcionário. Hoje que não fui aconteceu isso.”


 Flagrante
No domingo, por volta das 7h, a médica Thauane foi flagrada por funcionários da Guarda Municipal marcando o ponto eletrônico para colegas. Com ela foram apreendidos seis dedos de silicone e comprovantes impressos pelo equipamento que controla o horário dos funcionários. A médica foi solta por volta das 18h40 do mesmo dia depois que a Justiça concedeu um habeas corpus.

 

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