A Polícia Civil abriu dois inquéritos para investigar o rompimento da
adutora da Cedae que deixou 17 feridos e matou a menina Isabela Severo
dos Santos, de 3 anos, nesta terça-feira (30), em Campo Grande, na Zona
Oeste do Rio. De acordo com a polícia a Delegacia de Defesa dos Serviços
Delegados (DDSD) ficará responsável por apurar as causas do vazamento,
enquanto a 35ª DP (Campo Grande) vai investigar o caso da morte e dos
feridos.
Ainda segundo a Polícia Civil, já foi realizada perícia no local que sofreu a inundação.
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, dos 10 pacientes levados ao Hospital Estadual Rocha Faria apenas uma menina de 8 anos permanecia internada por volta das 17h. O estado de saúde dela era estável.
A Escola Casemiro de Abreu, em Campo Grande, virou ponto de abrigo para as famílias que perderam suas casas. Por volta das 11h, cerca de cinco horas após o acidente, o governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes chegaram ao local. O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de Bombeiros. Até o começo desta tarde, não havia informação do que provocou o rompimento da adutora.
"Daremos total solidariedade e atenção às famílias. Eles viveram momentos de pânico, de terror. As equipes da secretaria estadual e da Prefeitura estão prontas para acolhê-los. Ninguém vai ficar sem residência. As pessoas desabrigadas serão hospedadas em hotéis da região por conta da Cedae. Os eletrodomésticos perdidos também serão pagos pela Cedae. A Secretaria de Desenvolvimento Social está pronta para dar apoio. Nenhuma perda material se compara a uma vida. Tudo será apurado pela Cedae e por peritos externos para saber a causa do acidente", disse Cabral.
Diversas residências foram alagadas, com a água chegando a 2 metros de altura em alguns pontos, de acordo com moradores. Muitas pessoas ficaram ilhadas. Segundo o secretário de Defesa Civil do município, Márcio Motta, pelo menos três quarteirões foram isolados.
Ao todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72 desabrigados. Dezessete casas desabaram. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 200 casas foram afetadas e entre 15 a 20 destruídas. Foram acionados 90 militares de quatro quartéis para o local.
Acordamos com as paredes caindo'
"Estava dormindo e acordei ao escutar um barulho muito forte no telhado. Em seguida, as paredes começaram a se destruir. A gente estava no segundo andar e a força da água arrastou a gente para o outro lado da rua. Nós paramos em frente à casa do vizinho", disse o mecânico Agilson da Silva Serpa, que sofreu um ferimento no joelho.
A dona de casa Juliana Lemos conseguiu socorrer os quatro filhos. "Meus filhos estão bem, estavam todos dormindo. Acordamos com as paredes caindo. Eu só tive um ferimento no pé", afirmou ela, que foi atendida na ambulância do Corpo de Bombeiros.
Carros e ambulâncias dos quartéis de Campo Grande e Santa Cruz estão no local. Um bote salva-vidas ajuda no resgate de moradores. Equipes da Defesa Civil municipal e agentes da Polícia Militar também foram enviados.
Em entrevista à GloboNews, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que a corporação vai avaliar os danos causados pela água.
"Nosso trabalho tem sido para retirar pessoas de dentro de casa em razão da grande extensão do alagamento. Estamos trabalhando em conjunto com o Departamento de Engenharia da Defesa Civil da cidade para fazer as avaliações e as extensões dos danos causados nas casas que foram destruídas ou danificadas", explicou Simões.
Interdição e falta de luz
A Estrada do Mendanha foi interditada na altura da Rua Marcolino da Costa e o trânsito era desviado pela Estrada do Pedregoso. De acordo com a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia, após o rompimento da adutora a luz foi desligada por questões de segurança na região.
Técnicos da Cedae realizam manobras para evitar o desabastecimento na Zona Oeste e em outras regiões da cidade após o rompimento da adutora Henrique Novaes. No entanto, a concessionária faz um apelo para os moradores economizarem água.
O diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, informou que a empresa vai ressarcir integralmente todos os moradores. Equipes de assistência social estão no local para realizar o cadastro dos desabrigados.
"A preocupação principal é o atendimento às pessoas. A Cedae já consegue redistribuir a água para outras adutoras para que não haja desabastecimento. O problema não é recorrente, não há estatística de vazamento de grande porte na adutora, isso foi um acidente pontual. Técnicos estão no local para recolher material e analisar o que provocou o rompimento", explicou Briard.
Ainda segundo a Polícia Civil, já foi realizada perícia no local que sofreu a inundação.
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, dos 10 pacientes levados ao Hospital Estadual Rocha Faria apenas uma menina de 8 anos permanecia internada por volta das 17h. O estado de saúde dela era estável.
A Escola Casemiro de Abreu, em Campo Grande, virou ponto de abrigo para as famílias que perderam suas casas. Por volta das 11h, cerca de cinco horas após o acidente, o governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes chegaram ao local. O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de Bombeiros. Até o começo desta tarde, não havia informação do que provocou o rompimento da adutora.
"Daremos total solidariedade e atenção às famílias. Eles viveram momentos de pânico, de terror. As equipes da secretaria estadual e da Prefeitura estão prontas para acolhê-los. Ninguém vai ficar sem residência. As pessoas desabrigadas serão hospedadas em hotéis da região por conta da Cedae. Os eletrodomésticos perdidos também serão pagos pela Cedae. A Secretaria de Desenvolvimento Social está pronta para dar apoio. Nenhuma perda material se compara a uma vida. Tudo será apurado pela Cedae e por peritos externos para saber a causa do acidente", disse Cabral.
saiba mais
70 desalojadosDiversas residências foram alagadas, com a água chegando a 2 metros de altura em alguns pontos, de acordo com moradores. Muitas pessoas ficaram ilhadas. Segundo o secretário de Defesa Civil do município, Márcio Motta, pelo menos três quarteirões foram isolados.
Ao todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72 desabrigados. Dezessete casas desabaram. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 200 casas foram afetadas e entre 15 a 20 destruídas. Foram acionados 90 militares de quatro quartéis para o local.
Acordamos com as paredes caindo'
"Estava dormindo e acordei ao escutar um barulho muito forte no telhado. Em seguida, as paredes começaram a se destruir. A gente estava no segundo andar e a força da água arrastou a gente para o outro lado da rua. Nós paramos em frente à casa do vizinho", disse o mecânico Agilson da Silva Serpa, que sofreu um ferimento no joelho.
A dona de casa Juliana Lemos conseguiu socorrer os quatro filhos. "Meus filhos estão bem, estavam todos dormindo. Acordamos com as paredes caindo. Eu só tive um ferimento no pé", afirmou ela, que foi atendida na ambulância do Corpo de Bombeiros.
Carros e ambulâncias dos quartéis de Campo Grande e Santa Cruz estão no local. Um bote salva-vidas ajuda no resgate de moradores. Equipes da Defesa Civil municipal e agentes da Polícia Militar também foram enviados.
Em entrevista à GloboNews, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que a corporação vai avaliar os danos causados pela água.
"Nosso trabalho tem sido para retirar pessoas de dentro de casa em razão da grande extensão do alagamento. Estamos trabalhando em conjunto com o Departamento de Engenharia da Defesa Civil da cidade para fazer as avaliações e as extensões dos danos causados nas casas que foram destruídas ou danificadas", explicou Simões.
Interdição e falta de luz
A Estrada do Mendanha foi interditada na altura da Rua Marcolino da Costa e o trânsito era desviado pela Estrada do Pedregoso. De acordo com a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia, após o rompimento da adutora a luz foi desligada por questões de segurança na região.
Técnicos da Cedae realizam manobras para evitar o desabastecimento na Zona Oeste e em outras regiões da cidade após o rompimento da adutora Henrique Novaes. No entanto, a concessionária faz um apelo para os moradores economizarem água.
O diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, informou que a empresa vai ressarcir integralmente todos os moradores. Equipes de assistência social estão no local para realizar o cadastro dos desabrigados.
"A preocupação principal é o atendimento às pessoas. A Cedae já consegue redistribuir a água para outras adutoras para que não haja desabastecimento. O problema não é recorrente, não há estatística de vazamento de grande porte na adutora, isso foi um acidente pontual. Técnicos estão no local para recolher material e analisar o que provocou o rompimento", explicou Briard.
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