Putin chama atentado de "provocação"; Erdogan instaura investigação
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (19) que o assassinato do embaixador do país na Turquia tem como objetivo minar as boas relações entre Moscou e Ancara e atrapalhar uma solução pacífica para o conflito na Síria. O tom foi o mesmo usado pelo seu colega turco, Racep Erdogan, que iniciou uma investigação conjunta entre os dois países."O crime é, sem dúvida, uma provocação destinada a pôr fim à normalização das relações russo-turcas e atacar o processo de paz na Síria", disse Putin ao se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Putin destacou que o processo é apoiado ativamente pela própria Rússia, além de Turquia, Irã e outros países interessados em encontrar uma solução para o conflito sírio. "A resposta ao assassinato do embaixador russo na Turquia será o reforço na luta contra o terrorismo. E os bandidos sentirão isso em suas próprias carnes", afirmou Putin.
"Devemos descobrir quem está por trás do assassino", disse Putin, acrescentando que irá reforçar as representações diplomáticas da Rússia na Turquia.
Segundo a agência Reuters, há uma forte suspeita de que o assassino esteja ligado ao clérigo Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos. O governo turco acusa o clérigo de tentar instaurar o golpe frustrado de julho e de possuir uma rede no país que envolve policiais, judiciário e civis.
O presidente russo também elogiou Karlov, um "extraordinário diplomata que mantinha boas relações exteriores com as autoridades e outras forças políticas turcas".
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