Segundo estimativas do governo local, cerca de 350 pessoas morriam por
ano na estrada - Foto: Michael Fernando Jauregui SchiffelmannCom alguns trechos medindo apenas três metros de largura, a "estrada da
morte" recebe mais de 6 mil visitantes por ano interessados em descê-la
de bicicleta - Foto: Michael Fernando Jauregui SchiffelmannDesde 2008, 21 ciclistas perderam a vida na íngreme descida de 3,4 mil
metros de altura numa velocidade de até 50 km/h - Foto: Michael Fernando
Jauregui Schiffelmannonstruída na década de 1930 por prisioneiros, a fama negativa da
"estrada da morte" começou muito antes do início das obras - Foto: Yann
DuarteO circuito ciclístico tem 50 quilômetros de extensão e liga as cidades de La Cumbre e Yolosa - Foto: Marco Antonio.
Construída na década de 1930 por
prisioneiros, a fama negativa da "estrada da morte" começou muito antes
do início das obras do governo boliviano. No século 19, o filho de um
escravo, conhecido como Zambo Salvito, ficou famoso por roubar e
assassinar viajantes que passavam pelo caminho. Ao final dos assaltos,
ele distribuía o dinheiro 'arrecadado' entre os escravos e índios
locais. Na década de 1980, a estrada voltou a ganhar destaque mundial
após um ônibus despencar 300 metros num penhasco e matar mais de 100
pessoas.
Construída nas Cordilheiras do Andes numa altura de 4,7 mil metros, a estrada "Camiño a los Yungas" ganhou fama mundial, em 1995, após ser considerada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como a mais perigosa rodovia do mundo. Localizada na Bolívia, a estrada serpenteia por 64 quilômetros que variam entre penhascos, belas cachoeiras e curvas fechadas.
Conhecida como "estrada da morte", a rodovia era a principal rota de ligação até 2007 entre a capital boliviana, La Paz, e a cidade de Coroico. Segundo estimativas do governo local, cerca de 350 pessoas morriam por ano na estrada. Estes números diminuíram consideravelmente após a construção de uma nova e mais segura rodovia na região. Com isso, o "Camiño a los Yungas" se transformou num famoso ponto turístico para quem gosta de aventura off-Road.
Com alguns trechos medindo apenas três metros de largura, a "estrada da morte" recebe mais de 6 mil visitantes por ano interessados em descê-la de bicicleta. O passeio que é organizado por diversas agências turísticas da região é mais seguro que andar de carro, mas ainda assim causa mortes. Desde 2008, 21 ciclistas perderam a vida na íngreme descida de 3,4 mil metros de altura numa velocidade de até 50 km/h.
O circuito ciclístico tem 50 quilômetros de extensão e liga as cidades de La Cumbre e Yolosa. O trajeto radical dura aproximadamente 4 horas e é feito sempre com o acompanhamento de guias devido ao alto risco de acidentes. O início da descida está localizado a 11 quilômetros de La Paz e possui desfiladeiros de até 500 metros de altura.
Se o perigo ronda a cada curva da estrada, suas belezas naturais compensam os aventureiros. A rodovia passa por uma área conhecida como pré-amazônia e ainda corta a Cordilheira dos Andes com suas paisagens idílicas.
Estrada da morte
A estrada foi construída nas Cordilheiras do Andes numa altura de 4,7 mil metros - Foto: Matthew Straubmuller.
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