terça-feira, março 04, 2014

CONFLITOS:Declarações de Putin sobre Crimeia 'não enganam ninguém', diz Obama.

Presidente dos EUA criticou mandatário russo por ação na Ucrânia.
Escalada militar russa gerou tensão entre os países ocidentais.





O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta terça-feira (4) que as razões apresentadas por seu colega russo, Vladimir Putin, para justificar sua incursão militar na Crimeia não enganam ninguém e que a ingerência russa na Ucrânia contribuirá para o isolamento de Moscou.



No entanto, Obama também fez referência a informações de que Putin, que havia dado uma coletiva de imprensa pouco antes, fez uma pausa para refletir sobre as alternativas à crise ucraniana.
O presidente americano afirmou que a União Europeia e aliados como Canadá e Japão acreditam que a Rússia violou o direito internacional.
"O presidente Putin parece ter outra equipe de advogados, talvez outro conjunto de interpretações. Mas eu não acredito que esteja enganando ninguém", declarou Obama em uma escola de Washington DC.
Acusado pela oposição republicana de não exercer uma liderança firme na crise, Obama contesta a ideia de que o envio por Putin de milhares de soldados russos à Crimeia, parte da Ucrânia, constitua um sinal de força de Moscou.
Afirmou, pelo contrário, que a iniciativa era um "reflexo de que os países vizinhos da Rússia têm grandes preocupações e suspeitas em relação a este tipo de ingerência".
"Se eles conseguirão algo" com este tipo de iniciativa, será "isolar ainda mais a Rússia", completou.
Putin
Putin disse nesta nesta terça-feira (4) que a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich  pelo Parlamento da Ucrânia foi um “golpe inconstitucional”, uma “tomada militar do poder”.
"Só pode haver uma avaliação sobre o ocorrido em Kiev e na Ucrânia: é um golpe de Estado anticonstitucional, uma tomada de poder pelas armas", disse Putin em suas primeiras declarações públicas desde a destituição do presidente Viktor Yanukovitch.
O presidente russo disse que, por enquanto, não há necessidade de uso de força militar na Crimeia, mas reforçou que a Rússia tem a opção de fazê-lo. Ele também afirmou que o uso de força será feito apenas como último recurso, e que seu país irá fornecer ajuda financeira à Crimeia.
"No que se refere ao envio de tropas, isso não é necessário no momento, mas a possibilidade existe", declarou Putin, acrescentando que seu país se reserva o direito de recorrer a todos os meios para proteger seus cidadãos nesta ex-república soviética.

 

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