PESHAWAR, Paquistão, 22 Nov (Reuters) - O Paquistão indiciou
nesta sexta-feira por homicídio o médico que ajudou os Estados Unidos a
localizarem o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Esse é o mais
recente desdobramento de um caso que estremeceu as relações entre os
dois países.
Shakil Afridi, considerado um herói por autoridades dos EUA, foi preso depois que soldados norte-americanos mataram Bin Laden em maio de 2011 em uma operação secreta, o que causou indignação no Paquistão e mergulhou em crise as relações entre os dois parceiros estratégicos.
O Paquistão prendeu Afridi e o sentenciou no ano passado a 33 anos de prisão por integrar o grupo militante Lashkar-e-Islam, acusação que ele nega.
Mas em agosto o Paquistão anulou essa condenação, citando erros processuais, e ordenou novo julgamento.
O indiciamento por homicídio apresentado nesta sexta-feira, relacionado à morte de um paciente oito anos atrás, obscurece as chances de Afridi ser libertado e pode piorar ainda mais as relações do país com os Estados Unidos.
A acusação se relaciona à morte de Suleman Afridi, num hospital na região montanhosa da região de Agência Khyber, em 2005, e foi apesentada pela mãe do homem, disse à Reuters uma autoridade local.
"Uma mulher culpa Afridi pela morte de seu filho", disse um funcionário, falando sob a condição de manter o anonimato. "Ela afirma que ele operou o filho em um hospital da região de Khyber mesmo não sendo um cirurgião, e isso causou a morte do filho dela."
Não estavam disponíveis de imediato outros detalhes do caso. Afridi não é parente do médico, apesar de terem o mesmo sobrenome.
A Agência Khyber, situada na fronteira com o Afeganistão, é parte de áreas semiautônomas onde a lei tribal predomina em vez do sistema judicial do Paquistão, e o governo é ali representado por um agente político.
O advogado de Afridi, Samiullah Afridi ─ também sem parentesco com ele ─ disse que autoridades de Khyber o informaram sobre a acusação de assassinato na manhã desta sexta-feira.
O Paquistão acusa o médico de ter realizado uma falsa campanha de vacinação na qual ele recolheu amostras de DNA para ajudar a Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA a rastrear Bin Laden.
Afridi é um sobrenome compartilhado por membros de uma tribo pashto que leva esse nome.
(Reportagem adicional de Syed Raza Hassan)
Shakil Afridi, considerado um herói por autoridades dos EUA, foi preso depois que soldados norte-americanos mataram Bin Laden em maio de 2011 em uma operação secreta, o que causou indignação no Paquistão e mergulhou em crise as relações entre os dois parceiros estratégicos.
O Paquistão prendeu Afridi e o sentenciou no ano passado a 33 anos de prisão por integrar o grupo militante Lashkar-e-Islam, acusação que ele nega.
Mas em agosto o Paquistão anulou essa condenação, citando erros processuais, e ordenou novo julgamento.
O indiciamento por homicídio apresentado nesta sexta-feira, relacionado à morte de um paciente oito anos atrás, obscurece as chances de Afridi ser libertado e pode piorar ainda mais as relações do país com os Estados Unidos.
A acusação se relaciona à morte de Suleman Afridi, num hospital na região montanhosa da região de Agência Khyber, em 2005, e foi apesentada pela mãe do homem, disse à Reuters uma autoridade local.
"Uma mulher culpa Afridi pela morte de seu filho", disse um funcionário, falando sob a condição de manter o anonimato. "Ela afirma que ele operou o filho em um hospital da região de Khyber mesmo não sendo um cirurgião, e isso causou a morte do filho dela."
Não estavam disponíveis de imediato outros detalhes do caso. Afridi não é parente do médico, apesar de terem o mesmo sobrenome.
A Agência Khyber, situada na fronteira com o Afeganistão, é parte de áreas semiautônomas onde a lei tribal predomina em vez do sistema judicial do Paquistão, e o governo é ali representado por um agente político.
O advogado de Afridi, Samiullah Afridi ─ também sem parentesco com ele ─ disse que autoridades de Khyber o informaram sobre a acusação de assassinato na manhã desta sexta-feira.
O Paquistão acusa o médico de ter realizado uma falsa campanha de vacinação na qual ele recolheu amostras de DNA para ajudar a Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA a rastrear Bin Laden.
Afridi é um sobrenome compartilhado por membros de uma tribo pashto que leva esse nome.
(Reportagem adicional de Syed Raza Hassan)
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