segunda-feira, abril 08, 2013

RIO DE JANEIRO:Favelas desaparecem de busca no Google Maps.




A palavra favela foi retirada pelo Google para mostrar o ''Morro do Salgueiro'' e o ''Morro da Liberdade''
A palavra favela foi retirada pelo Google para mostrar o ''Morro do Salgueiro'' e o ''Morro da Liberdade''
 Rio de Janeiro - A Favela Sumaré e a Favela Morro do Chacrinha, em Rio Comprido, zona norte do Rio de Janeiro, não existem mais. Mas só no Google Maps. Na mais recente atualização do aplicativo, o termo "favela" foi suprimido na localização de diversas comunidades da capital carioca. As modificações atenderam a um pedido da própria Prefeitura do Rio, feito há cerca de quatro anos por meio da Riotur (Empresa de Turismo do Município). Duas imagens comparando os mapas do Google de 2011 e de 2013 foram publicadas no blog Cidades Possíveis, no dia 6 de abril, e rapidamente se difundiram em outros blogs e nas redes sociais.


As alterações dividiram opiniões entre os internautas. "Eu concordo com o que a prefeitura está fazendo. Essa atitude evita certos preconceitos contra moradores de locais estigmatizados como favela", escreveu Fabio Nobre. "Concordo com a retirada. Áreas enormes denominadas favelas, levei um susto quando vi o mapa de onde moro, assim como de outros bairros que conheço bem", disse Margarida Avelar, moradora de Cascadura, zona norte.
Os internautas que se manifestaram contra as alterações disseram temer pela segurança caso se perdessem na cidade. "Querendo mascarar a realidade, e expondo a vida de turistas em risco!", disse Ricardo Novaes. "E eu que confio no Google Maps para programar meus itinerários, vou acabar passando por um local perigoso porque a prefeitura achou legal esconder a informação de que é um lugar perigoso. Se eles querem que não apareça a palavra favela. Que detonem a favela e construam um bairro de verdade no lugar", escreveu Paulo Pontes.
A polêmica remonta ao ano de 2009, quando foi solicitada oficialmente ao Google a inclusão de pontos turísticos e a diferenciação de favelas e bairros. A alegação era de que o aplicativo omitia bairros e pontos turísticos, ao mesmo tempo em que dava destaque a favelas com pequeno número de habitantes. Dois anos depois, a empresa norte-americana afirmou que iria aumentar a qualificação das informações nos mapas do Rio, em um prazo de seis a 12 meses.

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