A Prefeitura de Porto Velho, que também reconheceu estado de emergência há três semanas, pede auxílio a igrejas e busca prédios que sirvam de abrigos para alugar. A cota registrada ao meio-dia desta quinta-feira, de 17,18 metros, está bem próxima da marca história de 1997, quando o nível do rio chegou a 17,57. “Convivemos com uma cota ascendente. Não há sinal de vazante”, informou o chefe de Operações da Defesa Civil Municipal, Paulo Afonso.Cento e oitenta homens compõem uma força-tarefa para a remoção dos pertences e das pessoas desabrigadas. Uma sala de gerenciamento de crise, montada no quartel do Corpo de Bombeiros, tem apoio do Exército, Aeronáutica e secretarias estaduais e municipais. Bombeiros civis também se apresentaram como voluntários. A frota, que é oficial, utilizada para remover pessoas e seus pertences, é insuficiente: seis caminhões e oito caminhonetes. Cinco grandes distritos de Porto Velho têm comércios e residências interditados. A única empresa que faz a linha para Guajará Mirim, fronteira do Brasil com a Bolívia, suspendeu a emissão de passagens. Uma ponte, no KM 200 da rodovia, foi alagada e permanece intransponível há dois dias.
Com o decreto de emergência, o Governo de Rondônia fica autorizado a dispensar licitação para a compra de álcool, hipoclorito de sódio, cestas básicas (alimentos não perecíveis), materiais de limpeza, barracas, cobertores, roupas e antibióticos. “As questões técnicas e toda a burocracia da lei a gente vê depois. O importante agora é salvar vidas e evitar doenças”, disse o militar. “A Assistência Social do Estado e das cidades afetadas levantam o quantitativo de famílias que precisariam de ajuda. Aviões e helicópteros fazem sobrevoos em todas as regiões inundadas, afirmou o diretor de Comunicação do Corpo de Bombeiros. As informações alimentam um relatório que deve ser lido pelas autoridades nesta sexta-feira (14).
O prefeito Mauro Nazif (PSD) manteve a projeção de que esta será a maior enchente dos últimos 100 anos na capital, e prevê o alagamento do principal centro comercial da cidade, na Avenida 7 de Setembro. Dois dos principais pontos turísticos de Porto Velho - o Porto do Cai n'Água e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré - estão interditados. O lugar oferece risco de desbarrancamento. Uma vigilância privada, contratada pelo município, alerta para o risco de animais peçonhentos e queda de árvores. O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) projeta chuvas na região, com trovoadas a qualquer hora durante os próximos três dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
deixe seu comentário! faça valer sua opinião.