segunda-feira, setembro 24, 2012

ALTO TIETÊ: Proposta de navegar no Tietê.


O pré-projeto para implantação de um Hidroanel Metropolitano, que foi apresentado ontem em Suzano pelo coordenador do Grupo Metrópole Fluvial, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), professor Alexandre Delijaicov, recebeu questionamentos e até manifestações contrárias de lideranças da sociedade civil que acompanharam o evento no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi.
O estudo de viabilidade do anel viário com 170 quilômetros de extensão, que utilizaria o rio Tietê, as represas do Sistema Produtor de Água do Alto Tietê (Sipat) e canais que teriam de ser abertos nas cidades da região e na zona leste, foi encomendado pela Secretaria de Estado de Logística e Transportes.
O trabalho está sendo elaborado por técnicos da FAU, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPTI) e da Escola Politécnica, da USP. Os especialistas afirmaram que a hidrovia garantiria a retirada de muitos caminhões das estradas, reduziria os impactos ao meio ambiente e permitiria a utilização do rio, represas e canais para o turismo, sem contar o efeito positivo no paisagismo, hoje totalmente degradado, especialmente nas margens do Tietê.
O vice-presidente do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê Cabeceiras, José Arraes, questionou os professores da FAU sobre a viabilidade do projeto. Em duas intervenções, ele disse que "falta água" na região e que a legislação estabelece que a água doce disponível deve ser usada primeiro pela população em geral, depois pelos animais e em um terceiro momento para outros fins, inclusive para a navegação. O órgão é presidido pelo prefeito Marcelo Candido (PT), que não apareceu no Centro Cultural.

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