O furacão Gonzalo aparece em foto tirada pelo astronauta. |
Arquipélago deve sofrer com fortes ventos e inundações nesta sexta (17).
Furacão deve perder força rapidamente após passar pela capital Hamilton.
O furacão Gonzalo mantinha sua força destrutiva, com ventos de mais de
200 km/h, poucas horas antes de chegar às ilhas Bermudas, que se
preparavam para receber seu impacto, diante da previsão de perigosas
inundações e chuvas.Gonzalo era um furacão de categoria 3, das cinco da escala Saffir-Simpson, com ventos de 205 km/h e rajadas ainda mais fortes, quando estava a apenas 165 km ao sudoeste das Bermudas às 18 horas (15 horas no horário de Brasília) - informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), situado em Miami (sudeste dos Estados Unidos).
Apesar de perder força gradativamente, "espera-se que Gonzalo se torne um perigoso furacão, quando se posicionar perto, ou sobre as Bermudas", advertiu o NHC, que prevê que o arquipélago britânico sofrerá com fortes ventos, inundações costeiras e chuvas de 80 mm a 150 mm.
Na tarde desta sexta-feira (17), quando ventos e chuvas já atingiam as Bermudas, a capital, Hamilton, permanecia em silêncio, com as pessoas protegidas em suas casas, com as janelas bloqueadas. Escolas e estabelecimentos comerciais estão fechados desde quinta-feira.
Gonzalo, que na quinta-feira permaneceu como furacão de categoria 4 com ventos até 230 km/h, perderá força rapidamente a partir da noite de sexta, informou o NHC.
Antes disso, porém, seu centro passará a 46 km do arquipélago, por volta das 23 horas (20 horas no horário de Brasília), segundo um boletim do Serviço de Meteorologia das Bermudas.
O serviço desse conjunto de ilhas turísticas, de 60 mil habitantes, situado no Atlântico, a 1.000 km da costa americana, informou às 18 horas desta sexta-feira (15 horas no horário de Brasília) que já eram registradas rajadas de 110 km/h.
"Ventos com força de furacão começarão a se estender pela ilha muito em breve", advertiu.
Além do vendaval, haverá "inundações costeiras que podem causar mortes, e que serão acompanhadas de grandes ondas destrutivas", acrescentou o órgão.
As autoridades advertiram que Gonzalo poderá ser tão severo quanto o furacão Fabian, que, em 2003, deixou quatro mortos e danos milionários nas Bermudas.
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